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Levo livros para onde vou!: Parceria com a Autora Stephanie Lima

24 agosto 2014

Parceria com a Autora Stephanie Lima

Biografia da Autora: Stephanie Sarggin de Lima nasceu em 1994, em Curitiba, no Estado do Paraná, mas é em Londrina, no interior do estado, que desde os seus três anos vive.Ama escrever e faz isso desde sempre. Quando mais nova escrevia pequenos contos e poesia por hobbie, sempre teve muitas inspirações dentro de casa e foi a partir disso que sua criatividade e imaginação afloraram. É estudante de Educação física e amante das artes, como a dança, mas é na literatura que se encontra e onde consegue expressar os seus mais sinceros sentimentos.

A história de “A Fênix” surgiu após ter um sonho com o que parecia ser o início do livro, este foi o estopim para que a sua criatividade, assim como enredo e todos os personagens, surgissem como que instantaneamente em sua mente prontos para serem criados e viverem a história pós-apocalípticadescrita nestas paginas.
Autora de outro romance que está em processo de pré-criação, “Romeu, Julieta e Eu”, seu maior desejo é de que um dia seus descendentes possam se divertir e imaginar as histórias que ela escreve e ainda escreverá e que ela possa ser lembrada de alguma forma, assim como era o desejo do personagem Augustus Waters de ‘A Culpa é das Estrelas’, de John Green.






Prólogo:

“Todo novo começo precisa de um GranFinale!


Eu estava ajudando a minha mãe com o bolo de cenoura, um famoso conhecido nosso de todos os domingos. Meu irmão estava brincando com carrinhos no chão da sala, e meu pai assistia ao noticiário da tarde. Os ponteiros nos diziam que eram quatro horas.
No segundo que o forno apitou, nos informando sobre o bolo que finalmente havia ficado pronto, meu pai pulou do sofá. Ele se colocou de pé, agarrando Kelvin em um braço só e correndo para a cozinha. Meu pai agiu instintivamente, ele se jogou sobre nós três atrás do balcão da cozinha. Um zunido entorpeceu-nos, entibiou-nos. Alguns segundos depois ouvimos o estrondo, o sinal de que aquilo seria só o começo.


O avião caindo foi só um pequeno aviso, uma mera amostra do que estaria por vir. Avião esse que atingiu um prédio a poucas quadras do nosso. Não sei se foi premeditado, mas o prédio estava praticamente vazio, por ser um prédio comercial e ter caído exatamente em um domingo. Tirando os seguranças e alguns chefes executivos preocupados, não tivemos muitos feridos naquele dia.
A televisão mostrava um acontecimento semelhante em diversas partes do mundo. Meu pai nos tranquilizava dizendo que era só um jeito de os países que já estavam em guerra nos assustar. Como sempre, Estados Unidos disparou na frente. O primeiro avião derrubado com a bandeira americana caiu no Japão. Eu estava assistindo ao vivo a mesma história da escola de alguns anos atrás, de dentro de casa. Eu conseguia ver tudo aquilo que li nos livros passar diante de mim. Só que dessa vez as coisas podiam tomar proporções muito grandes.
A essa altura meu pai não saia mais do telefone, ele berrava por ajuda, ele queria que viessem nos buscar. Mas sempre lhe davam a mesma resposta: “Estamos encaminhando tropas para retirar as crianças primeiramente dos ‘pontos azuis’ (acho que era uma sigla para os lugares com maior incidência de ataque nuclear), o exército esta focado, em breve suas crianças estão seguras!”. Geralmente após essas ligações meu pai atirava o telefone em algum objeto (felizmente os celulares ficaram mais resistentes com o passar dos anos).
Depois do episódio dos aviões despencando por todo o mundo, nós ainda tivemos o infortúnio de assistir alguns outros episódios através dos noticiários. Grande parte do dia, tentávamos parecer uma família normal e feliz, realizando nossas tarefas do cotidiano. Somente quando ouvíamos o toque de recolher (acionado por segurança) é que corríamos para a cama de meus pais, uníamos em uma oração, e em seguida adormecíamos (ou melhor, eu e Kelvin adormecíamos, eu duvido muito que meus pais conseguiriam dormir com tamanha ameaça nos circundando. Eles temiam que o Governo apenas
tivesse sugado o conhecimento de meu pai e agora fugiriam para um lugar seguro, a prova de bombas, deixando seus pequenos e inocentes filhos desguarnecidos.).
Foram longos seis dias de tormento. Após o evento dos aviões nós tivemos dois dias de paz. Meu pai tentava nos fazer crer que tudo estava seguro agora. Porém algo em seu rosto me dizia que aquilo seria só o começo de um angustiante GranFinale. A humanidade já havia começado a se autodestruir a anos, nossas fontes de energia natural foram substituídas por fontes mais em conta. Fontes essas que envenenaram nosso planeta.
A mesma matéria prima das fontes energéticas é a palavra que ecoa em nossa mente, os elementos que nos preocupam e tiram nosso sono.

Nuclear.
Combustão.
Morte.
Fim.
Tcharãm!

Guerra Nuclear ressoa em minha cabeça. O que uma garotinha de 12 anos sabe sobre isso? O suficiente para ter muito medo.
O quarto dia amanheceu comum, fomos à escola, minha mãe foi dar aula, meu pai ficou no escritório fazendo muitas ligações. Mas exatamente às oito horas da noite é que nós percebemos a gravidade da situação. Eu, meu irmão, minha mãe e meu pai, sentados na sala, assistindo tv, quando o filme sobre leões e girafas (favorito de meu irmão) é interrompido por um sinal direto do Governo.
Nada que já não pudesse imaginar. Desculpas e mais desculpas pelo evidente transtorno e claro, não poderia faltar, um Presidente centrado dizendo que o maior perigo já havia passado e que tudo estava bem agora.
Foi durante a noite que ouvimos tiros, vindos das ruas, rebeliões afirmou meu pai. Assim como eu, ninguém tinha acreditado de fato nesta história de que a Paz Mundial já havia sido reestabelecida. A população pirou no mundo inteiro. Suicídios, assassinatos, casamentos céleres, divórcios, promiscuidade correndo solta. Era o fim. Da maneira que eu já cogitava.
A partir dos saques e blackouts que fomos obrigados a nos fechar dentro de casa, claro que antecipadamente estocamos comida e água (já muito cara e escassa). Com a certeza de que o estomago de Kelvin não deixaria aquilo durar muito tempo. Em breve morreríamos de alguma forma.
Quando atingiram as usinas nucleares do interior do país, tudo se tornou um caos. Não tínhamos mais para onde correr. Estávamos mais expostos do que ratos de laboratório. Meu pai recebeu uma ligação no quinto dia, assim que desligou o telefone ele nos sentou no sofá e se agachou, para poder
nos olhos nos olhos. Eu já estava chorando sem saber o que iria acontecer, mas meus sentidos nunca me enganaram. Minha mãe sentou-se ao nosso lado, colocou o pequeno de olhos grandes em seu colo, beijou-lhe o topo da cabeça e começou a acariciar seus cabelos. Eu só sentia as lágrimas escorrendo em minha face e meu pai tentando conte-las com suas mãos, limpando cada gota que caía. Ele nos explicou que logo homens bons viriam nos buscar e nos levariam para um lugar novo onde ficaríamos seguros.
O fato de Kelvin não entender nada e começar a chorar me deixou pior ainda. Eu o vi se aconchegando no colo de minha mãe enquanto chorava. Meu pai ainda me disse que era muito importante que eu ficasse de olho no nosso pequeno chaveirinho (Kelvin). Ele nos confortou dizendo que assim que tudo voltasse ao normal eles iriam nos buscar o mais rápido possível.
Eu não só estava chateada em ficar longe de meus pais, e cuidar de um anão ranhento, eu fiquei muito brava porque eu sabia que as chances de meus pais voltarem nos buscar estavam em uma escala muito baixa de acordo com o destino do planeta.
Somente no sexto dia os Homens chegaram. A despedida foi brusca e breve. Os homens nos arrastaram de olhos inchados e nariz escorrendo de tanto chorar. Meu irmão só me imitava. Eu me debatia e gritava incansavelmente. Chutei diversas vezes os homens que nos seguravam. Nós saímos em um carro estranho, de cor acinzentada e sem janelas. Sentia-me sufocada, e logo eu ficaria de tanto chorar.
E aqueles homens armados e estúpidos nos tratando como soldados fez meu sangue subir a cabeça. A última coisa que me recordo antes de acordar nesse lugar gelado, é que ter voado sobre um dos homens que estava apertando o braço do meu irmãozinho. Eu o arranhei com toda a minha força, seu rosto ficou vermelho e com algumas gotas de sangue. Tempos depois acordei aqui. A sede que nos prepara para Phoenix, ou mais comumente conhecida como a Nova Terra.
Hoje com 19 anos. Com um anãozinho de 1.70, forte, com a barba crescendo desajeitada por seu rosto, mas os olhos continuam os mesmos, doces e sensíveis. Meu pequeno Kelvin já estendeu que o que restou lá fora não irá nos fazer bem, que nossos pais nunca irão voltar e que teremos que encarar os Magnas e todo esse discurso chato de formarmos uma nova nação claramente tola que irá se autodestruir mais uma vez. Ou crianças sabem como transformar as cinzas de um planeta em um novo mundo? Pois é, acho que não.
Muito prazer souAngeline. A garota estupidamente introvertida e pluripolar que mataria para proteger seu irmão.


»»»»»»»

O dia estava chuvoso quando os céus começaram a cair.
Um mês antes dos acontecimentos que mudaram o curso da história acontecer, um grupo de agentes esquisitões visitou meu bairro. Fizeram-me diversas perguntas e me avaliaram da cabeça aos pés. Eu como um garoto de 13 anos que era não compreendi muita coisa. Somente um mês mais tarde que eu pude compreender o porquê de estarem selecionando as crianças.
Eu recebi um número, eu e mais uma jovem da minha rua. Minha mãe estava emocionada quando os homens foram embora. Ela me abraçou forte e disse que nunca nos separaríamos. Ela mentiu.
Eu vi quando os aviões caíram, eu vi quando o mundo parou, quando os ataques começaram. Eu só fui para o Bunker no segundo dia depois que a Guerra já havia sido declarada. Foi horrível. As noites eram intermináveis e os dias eram sangrentos. Eu assisti algumas famílias desesperadas, outras a beira da loucura, e algumas ainda tentavam fugir. Mas, fugir pra onde?
Nunca tive irmãos ou um pai. Minha mãe era meu único e maior tesouro, escolher me afastar dela foi a pior decisão que ela já tomou e a que eu tive de aceitar. Quando a Guerra finalmente começou nossos vizinhos já haviam se mudado, nossa rua estava habitada por fantasmas, somente eu e a outra garota Escolhida permanecemos em nosso endereço oficial. As demais famílias? Não sei. Mas eu tenho a certeza que correram para se juntar aos outros membros de suas famílias, onde puderam morrer felizes. Se é que isso é relativamente possível.
Eu escolhi honrar a escolha de minha mãe, me tornar um homem importante, ser um referencial com valores éticos e morais. Eu simplesmente teria escolhido ficar e morrer lutando para protegê-la. Mas sua escolha foi sábia, ela sabia que algo em mim seria crucial para que a Humanidade ressurgisse.
Ela sempre acreditou em mim e principalmente em meu potencial de liderança, ela cria que eu seria como meu pai foi um dia. Um grande soldado, somente soldado, mas o melhor e mais corajoso soldado.
Mas o dia chegou, os Magnas foram abruptos e não nos deram tempo de longas despedidas, tudo que houve foi uma lágrima em nossos rostos, compartilhamos a mesma dor, a mesma angustia de que partidas nunca nos fizeram muito bem, ainda mais depois da morte de meu pai. Os homens me arrastaram me jogaram no que eu costumo chamar de latão (uma caixa gigante de metal com rodas), me tiraram tudo que eu tinha de sagrado nesta vida, e me desafiaram com uma nova realidade. A realidade Em Guerra para em seguida passarmos para a outra realidade, devastação Pós Guerra.
No começo nos chamavam de Refugiados, mais tarde nos chamaram de Esperança, mas agora retornamos a meros Soldados.  Nós recebemos um tratamento psicológico, uma espécie de hipnose que nos tornou obcecados por nada mais nada menos do que nós mesmos (toda a minha garantia de futuro depositada sobre adolescentes e jovens altruístas e egocêntricos. Ótimo.). 
O objetivo principal aqui é formar a Elite que irá fazer parte das tropas comandadas por Jesse West o capitão da Guarda Aérea (a maior parte de nossa aquisição aérea foi destruída, porém temos

conosco os maiores gênios de todas as nações, tudo isso se deve a Vacina, a Agulha mais esperada depois da lavagem cerebral que tentaram fazer conosco, e é claro que com a grande maioria deu certo.). A tal agulhada, sim, recebi, porém fui um dos últimos e acho que estava vencida afinal não vi nenhum efeito surtir até agora.
O que eu quero aqui? O que eu vim fazer aqui? Por que eu não enlouqueci ainda ou não me juntei à maioria egocêntrica? Eu só quero uma coisa! Vingança. Vingar a morte da minha mãe, do meu pai e de todos. Sei que essa Guerra só teve inicio porque alguém desse Governo desejou que ela começasse por algum motivo que me enoja só de imaginar. Eu tenho repulsa do que os homens se tornaram e mesmo assim meu maior medo é me tornar um deles.

                                                                       {...}

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7 comentários:

  1. Heey, tudo bem?
    Parabéns pela parceria, sucesso!
    Aguardo ansiosamente a sua resenha do livro ^^
    Abraços!
    http://enjoythelittllethingss.blogspot.com.br/

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  2. Oi, tudo bom?
    Achei bem interessante, espero a resenha!

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  3. HEEY, AMEI O BLOG E O POST E TAMBÉM QUERO VER A RESENHA.

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  4. Oiii!! Parabéns pela parceria. Esse livro parece ser muito legal. Esse prólogo é td de bom neh? Fiquei morrendo de vontade de ler mais. Vou tentar falar com a escritora e conhecer um pouco mais sobre ela e a história.
    Abraços
    http://profissao-escritor.blogspot.com.br/

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  5. Parabens pela parceria que venha mais e mais sucesso flor
    Um beijo, te espero no blog
    ⋙ ♥ Blog livros com café SORTEIO sapatilha SCHUTZ

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  6. Adorei conhecer mais uma autora nacional o livro parece muito interessante. Desejo muito sucesso a ela.
    Beijos
    Raquel Machado
    Leitura Kriativa
    leiturakriativa.blogspot.com.br

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